domingo, 23 de maio de 2010

Papo-furado

Tinha toda aquela história de Coca-Cola, passeios no parque e mulheres que podiam voar. Pedi a minha (Coca), com gelo. Depois acendi o cigarro e notei que ela vigia meus gestos. Traguei e lancei a fumaça antes de arrotar minhas palavras sem sentido. Daí engatamos algo que deveria ser uma conversa entre duas pessoas fingindo serem normais. Mais veio a tal história que mulheres poderiam voar e quase ri. Ela afirmava que existia e que algum dia me mostraria. Continuei bebendo a Coca, fumando o cigarro. Ela falava, falava e dizia que Porto Alegre é linda a noite, que adorava ver os velhos navios ancorados no cais do Porto. Falou sobre as luzes dos postes em noites geladas e mais um monte de babozeiras que eu fingia gostar.

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